Compartilho uma poema de uma querida professora que tive, ela que sempre esteve na luta pela preservação do meio ambiente.
Meu Deus!
Humildemente clamo a tua misericórdia!
Vê Senhor, o meu estado.
Sou uma longa serpente agonizante
Afogada no esgoto que o homem produz cada vez mais
Nem sou mais um rio, mas um esgoto a céu aberto.
Porque o homem não sabe lidar com o próprio lixo.
Quando chove
Sou o lixo líquido em movimento apressado
Quando é seca
Sou um amontoado de costelas
envoltas em salmoura podre!
Vigilante, a vegetação seca das margens faz o velório
Segurando inúmeras embalagens de plástico
Tal velas imundas a denunciarem a insensatez humana.
Ingazeiras e cajazeiras de minhas margens
Foram derrubadas e as que ficaram
Assistem resignadas a minha agonia.
Sinto saudades
Das crianças a se banharem felizes
Até ficarem roxas de frio
Da felicidade dos animais e das pessoas
a sorverem minhas águas com prazer.
Das cantigas solenes das lavadeiras;
dos poetas a me saudarem orgulhosos.
Hoje, até eles os poetas me abandonaram...
Eu te pergunto agora, Senhor!
Aonde está
O programa de recuperação
Do rio Cachoeira?
Aonde está
a Agenda 21?
Não conseguem mudar nada!
Eu suplico a esses senhores:
Venham logo! ! !
Estou morrendo. . .
Eu e todos vocês! ! !
Efigênia Oliveira
Humildemente clamo a tua misericórdia!
Vê Senhor, o meu estado.
Sou uma longa serpente agonizante
Afogada no esgoto que o homem produz cada vez mais
Nem sou mais um rio, mas um esgoto a céu aberto.
Porque o homem não sabe lidar com o próprio lixo.
Quando chove
Sou o lixo líquido em movimento apressado
Quando é seca
Sou um amontoado de costelas
envoltas em salmoura podre!
Vigilante, a vegetação seca das margens faz o velório
Segurando inúmeras embalagens de plástico
Tal velas imundas a denunciarem a insensatez humana.
Ingazeiras e cajazeiras de minhas margens
Foram derrubadas e as que ficaram
Assistem resignadas a minha agonia.
Sinto saudades
Das crianças a se banharem felizes
Até ficarem roxas de frio
Da felicidade dos animais e das pessoas
a sorverem minhas águas com prazer.
Das cantigas solenes das lavadeiras;
dos poetas a me saudarem orgulhosos.
Hoje, até eles os poetas me abandonaram...
Eu te pergunto agora, Senhor!
Aonde está
O programa de recuperação
Do rio Cachoeira?
Aonde está
a Agenda 21?
Não conseguem mudar nada!
Eu suplico a esses senhores:
Venham logo! ! !
Estou morrendo. . .
Eu e todos vocês! ! !
Efigênia Oliveira
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