O ser humano foi condicionado a
desprezar as sombras, até mesmo a sua. É interessante salientar que por mais
que ela passe despercebida, nunca deixa de existir.
O exercício das sombras foi mais
abstrato que os demais, a começar pelos desenhos que deveriam ser feitos. O
desenrolar do encontro se deu pelo marcante discurso sobre o voltar ao tempo de
criança, brinca com a sombra; enquanto desenvolvíamos o trabalho.
Mas, o que realmente marcou o
exercício foi à discussão que se deu entorno de qual seria o papel das sombras;
esconder jeitos, sentimentos, vontades... Não apenas coisas ruins, mas coisas
que poderiam revolucionar nossa maneira de ser/viver. Ficou concordado que na
maioria das vezes usamos, sem perceber as sombras para isso; não sei de fato,
até onde isso é legal.
Lembro-me do meu ingresso na
universidade, assumi um papel muito restritivo, muitas vezes falava com os meus
amigos que eu não suportava mais camuflar o que eu realmente era. Porque via a priori
que na universidade só havia espaço para os sérios, céticos, ortodoxos, etc.
Mas, hoje assumi o meu jeito de ser, e percebi que durante um momento escondi
isso nas sombras.
Esse é fato que enaltece no sentido
pejorativo as sombras, esconder; e o ser humano nunca dispensará isso. No
entanto, algumas revelações são vitais para a manutenção da vida, pois nem tudo
aquilo que ocultamos é necessariamente ruim.
Acho muito legal o trabalho desenvolvido por esse grupo: