segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sombras, um novo olhar!


O ser humano foi condicionado a desprezar as sombras, até mesmo a sua. É interessante salientar que por mais que ela passe despercebida, nunca deixa de existir.

O exercício das sombras foi mais abstrato que os demais, a começar pelos desenhos que deveriam ser feitos. O desenrolar do encontro se deu pelo marcante discurso sobre o voltar ao tempo de criança, brinca com a sombra; enquanto desenvolvíamos o trabalho.

Mas, o que realmente marcou o exercício foi à discussão que se deu entorno de qual seria o papel das sombras; esconder jeitos, sentimentos, vontades... Não apenas coisas ruins, mas coisas que poderiam revolucionar nossa maneira de ser/viver. Ficou concordado que na maioria das vezes usamos, sem perceber as sombras para isso; não sei de fato, até onde isso é legal.



Lembro-me do meu ingresso na universidade, assumi um papel muito restritivo, muitas vezes falava com os meus amigos que eu não suportava mais camuflar o que eu realmente era. Porque via a priori que na universidade só havia espaço para os sérios, céticos, ortodoxos, etc. Mas, hoje assumi o meu jeito de ser, e percebi que durante um momento escondi isso nas sombras.


Esse é fato que enaltece no sentido pejorativo as sombras, esconder; e o ser humano nunca dispensará isso. No entanto, algumas revelações são vitais para a manutenção da vida, pois nem tudo aquilo que ocultamos é necessariamente ruim.
Acho muito legal o trabalho desenvolvido por esse grupo:

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Condição humana, outros papéis...


Cansei de conceitos estabelecidos, e me inquieto diante de qual seria o conceito mais moderno e subjetivo da “condição humana” pregada hoje em dia. Acredito que vai além daquele conceito comum que temos de se ter condições mínimas de sobrevivência (água potável, comida de qualidade, casa em ambiente habitável, saneamento, etc.) indo para os pontos de aceitação dos modos de vida de cada indivíduo.

O documentário Ilha das Flores - Jorge Furtado.1989 - apresenta sujeitos dentro de uma ação passiva, de não se oporem ao que lhes é imposto, quando passam a alimentar-se daquilo que os animais desprezam. Enquanto que no documentário Boca de Lixo – Eduardo Coutinho. 1992 - apresentam-se sujeitos ativos e passivos. Ativos no sentido de decidirem, ou melhor, declararem afetuosidade àquele modo de vida.

Este é o ponto de choque para a maioria, aquele modo de vida não é o adequado, mas, e quanto à condição humana? Existe essa condição dentro daquela realidade? O ambiente é inóspito, malcheiroso, insalubre, mas, há um ser humano lá.

Enquanto defendermos um conceito de condição humana então que possamos lutar para que o mesmo seja compartilhado e vívido por todos. No entanto, aprendemos a enxergar como os demais, ficando preso apenas ao discurso, já a ação, só se dá por uma minoria. E para ser mais sincero, pessoas sempre viverão nessas condições enquanto não houver uma mudança efetiva começando por mim e por você.

Seu Enock, personagem no documentário Boca de Lixo diz: “O lixo faz parte da vida. O final do serviço é o lixo. E é dali que começa…” Esse afirmação despertar diversas reflexões que serão facilmente amanhã esquecidas, ou melhor, sufocadas pelo nosso entorno. Assim como o lixo que nas palavras de seu Enock tem um ciclo, pertencemos também a um; hoje somos provocados à reflexão, amanhã sedados à ação, depois nós mesmos silenciamos nossa vontade de agir. Espero que muito em breve sejamos novamente provocados à reflexão e quebremos esse ciclo vicioso e partamos de fato, a ação!

O título desse manuscrito foi apenas um pretexto para que se pudesse provocar um novo jeito de olhar. Ações para que essas realidades mudem serão sempre importantes e bem vindas, contudo quero suscitar não apenas ações voltadas àquelas realidades, mas alavancar percepções quando existir uma contração que oprima sujeitos dentro de qualquer realidade.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Esperança nos Olhos... - Reflexão da Visita ao Primeiro Colégio



Ambiente semelhante, pessoas diferentes com atitudes não estranhas, mas, inexistência de querer ir para o próximo degrau. Foi isso que percebi ao chegar à escola de uma cidadela daqui da redondeza.  

Esclarecer a proposta da universidade, explicar sua pedagogia, seus pilares, dá uma base do é interdisciplinariedade; não bastava, era necessário ir um pouco além.

Trazer informações sobre o funcionamento da universidade foi fundamental, no entanto mostrar àqueles estudantes de que é possível acessar o ensino superior foi indispensável.

A realidade da universidade no cotidiano deles era tão distante, como prova disso, poucos fizeram o ENEM. Me sentir provocado a expor a eles uma realidade diferente, realidade que para mim também um dia parecia impossível. Era hora de alimentar, fomentar, salvar sonhos que já desciam para o esquecimento. Deixei claro que não seria fácil, mas que também não é impossível; bastaria apenas acreditar e se dedicar.
Fico feliz por essa oportunidade que me foi concedida, não fui a um colégio do centro, com centenas de alunos. Contudo, bastou ter respingado esperança, em terrenos já secos. 

"Num país como o Brasil, manter a esperança viva é em si um ato revolucionário."
Paulo Freire

domingo, 30 de novembro de 2014

Será que Basta? - Reflexão sobre o Documentário Boca de Lixo.


Depois de vários dias tentando destacar os dois pontos distintos dos papéis dos sujeitos que integram o documentário - Boca de Lixo. Eduardo Coutinho. 1992 – deparo-me com uma inquietação; basta para aquelas pessoas continuarem a viver, apenas encontrar no lixão, necessariamente algo para comer, e materiais para construir um singelo lar, provocando assim um tipo de trabalho?
Pois bem, alguns daqueles entrevistados afirmam estarem ali por necessidade, não por opção; no entanto muitas das vezes, essa necessidade acaba por fim congelando a vontade de lutar para que as coisas/ a situação mude. Há uma aceitação do impulso comodista, e aquilo que seria uma estádia passageira passa a ser uma estádia
 “geracional”.
Dentre os entrevistados, há uma família que já está no lixão há muito tempo, por gerações; tenho a audácia de apresentar essa família como exemplo do que afirmei acima.
Defendo a seguinte posição: ninguém vai ao lixão a princípio por que gosta; em algum momento anterior existiu algo que provocou essa ida, em uma visão mais sugestiva, uma decepção. Até chegar a essa conclusão me perturbei muito.
A seguir, depois dessa ida ao recinto, que por sua vez provem subsistência, há o surgimento, ou melhor, se cria um apego. E quando seres humanos se apegam eles defendem, disfarçam os problemas, aceitam o novo estilo de vida. Por isso há esse falso contentamento em se querer apenas trabalhar dignamente, ter um lugar para morar e o que comer.

E o documentário segue extraordinariamente suscitando reflexões. Segundo a nossa constituição, todos nós somos iguais perante a lei, somos livres. Então porque há tanta desigualdade? O que nos torna realmente livres? Porque nos preocupamos tanto com a aparência e os bens matérias quando a única preocupação daquelas pessoas é se encontrarão algo para comer e alimentar seus filhos? A sinapomorfia cai; se quer apenas sobreviver!

Retomo a ideia inicial, será que basta? De que realmente precisamos? O que é necessário?De que ações concretas são necessárias para transformar o meio em que pessoas assim como essas vivem, não se tem dúvida. Rousseau afirmou: "A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável." Acho que aqui ele engloba a todos... 

Por: Gabriel Tavares
Contribuições: Jecy Carvalho
Revisão: Lua Silva

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Consciência Negra em FOCO!


O Evento com o Tema – Lei 10.639: África e Brasil unidos pela história e pela cultura foi de fundamental importância para trazer à tona questões que ainda são camufladas meio a sociedade. Chegar a ser inacreditável como uma lei que já está posta desde 2003 não tem suas funções notoriamente aplicadas no universo educacional.

É claro que fica contundente o desprezo e preconceito ao ensino das culturas de matrizes africanas e afrodescendentes num país de predominância dos povos africanos. Sem falar que o branqueamento exposto entre o fim do século XIX e início do século XX nunca deixou de existir e de ser pregado.

No entanto, ações, ou melhor, reações de resistência continuam a ser tomadas para que se desenvolva na população brasileira uma consciência sã a respeito do que é ser NEGRO e seu papel como sujeito oriundo de matriz cultural africana.

Quanto ao feriado que existe em muitas cidades no Brasil, hoje o enxergo como desnecessário; já que ele não fomenta a reflexão sobre a negritude brasileira e sim, dissipa a população como se tal participasse de mais um feriado qualquer.


Fica evidente que políticas devem ser adotadas o mais rápido possível; no que pude perceber, falta aproximação da sociedade a vida das comunidades tradicionais de povos afrodescendentes. Notei isso ainda no ensino médio, quando pesquisei sobre quilombos e descobri que era abraçado por vários; a começar por um que fica no entorno de Itabuna-BA. E endossei na universidade na palestra do Prof. Dr. Murilo Ferreira da UNEB . Aproximar é o melhor caminho. Precisamos vivenciar, construir no dia-a-dia a consciência negra e não só expor palavras bonitas no dia 20 de Novembro.

Será? - Sim. É um concerto!

De onde menos imaginamos que poderia render um concerto, rendeu, e muito!

* Proposta inicial - Cada discente deveria gravar algum animal por no mínimo 5min e trazer a gravação para a aula.
* Proposta Inusitada – Os discentes por livre e espontânea vontade deveriam arrumar os sons dos animais produzidos durante a gravação num concerto.
* Reação – Isso não vai dar Certo, vai ficar tudo sem nexo, etc..
* Olhar do Docente – Gente vocês vão conseguir produzir alguma coisa...


Não tinha mais como retrucar, então aceitamos a proposta e nos empenhamos em produzir algo, seja lá como se estabeleceria seu resultado. Os colegas ligados a música lideraram o grupo. Vejam no que deu...


Além da integração que o CC traz aos discentes ele ainda fomenta a cultura, o olhar de resgate que por muitas vezes silenciamos, fechando os olhos, parando de acreditar...

Não pretendo ir para a área das “artes” e me perdoem os críticos de plantão, mas, o verdadeiro artista não precisa de muito mais do que ACREDITAR, para que o mundo ao seu redor se modifique.

O Som...

Sim, ele mesmo está em todo o lugar, mesmo que só haja 1 (um) único ser humano, lá estará ele.


A Imagem abaixo é uma atividade produzida após uma discussão sobre a temática “som”.  Ela descreve a relação do individuo com o meio onde ele está inserido no convívio do som; mostra que o som pode vir a ser lembrado também por meio de uma imagem estática e sem vida, num ambiente cercado por poluição sonora.


Nossa contribuição a Bandeira COLETIVA!

Google
A bandeira em linhas gerais tem por objetivo representar, defender, mostrar posição, etc.. Essa atividade foi de suma importância, pois nós discentes pudermos nos posicionar, além de permitir verificar qual é a cara da UFSB. Só em nível de curiosidade ainda não sei, mas, pela contribuição que demos a bandeira, ficou nítido o quanto é diversa a nossa universidade... 


Folhas ao Vento II

Desenhar as folhas nos possibilitou abstração, um retorno aos trabalhos desenvolvidos nas séries primárias; alguns mais arrumados e caprichados, outros desajeitados e confusos.






domingo, 16 de novembro de 2014

A Universidade de Culturas exteriores



Anísio sem sombra de dúvidas foi muito feliz em suas colocações no texto “Uma perspectiva da educação superior no Brasil”, contudo vou me restringir ao extrato sobre a Transplantação da Cultura Europeia.

Cultura significa cultivar, e vem do latim colere. Genericamente a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridas pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é.[1] Partindo desse significado fica óbvio perceber que a cultura exposta na maioria dos campos educacionais do Brasil não destacam a cultura brasileira, creditam apenas a cultura exterior. É uma realidade tão expressiva que virou lei o ensino da cultura e história afro-brasileira e africana no Brasil – Lei 10.639/03. Anísio é muito contemporâneo ao expor isso, além de afirma à base sobre a qual a universidade brasileira é criada.

Sobre as bases da Universidade Europeia é que a universidade brasileira foi criada, majorada. Mas, chega um momento em que os brasileiros já enfadados dessa cultura a princípio aceita como moderna, que estava no ápice do mundo, passa a ser enxergada como desnecessária, ou melhor, que restringia o crescimento e eclosão da cultura brasileira.

É coerente relacionar a UFSB aos princípios pregados por Anísio, desde quando ela surge com a proposta de aproximar e valorizar a cultura local, a cultura que vem com docentes, discentes e servidores. E vai desenvolver os saberes dentro de uma cultura corporificada na sociedade de que é membra. Um contrapeso existente é de que uma ideia nova leva de 25 a 50 anos para ser incorporada numa sociedade, esse é o desafio, se posicionar fundamentado, frente ao pensamento atual e conservador sobre algo que “hoje em dia, já não pertence ao Brasil”.

É lucido salientar a audácia Norte Americana quando decidem romper com o tradicionalismo, com a submissão de terem sido colônias; quando passam a sedimentar sua cultura não desvalorizando o passado, mas reafirmando a importância de que a Universidade deveria evoluir ao passo de quanto à sociedade evolui, ou melhor, estando sempre um passo a frente e de certa forma reger essa mudança, já que é lá onde se encontra a maioria dos intelectuais da sociedade. E criam uma universidade dentro enraizada em sua cultura.

Termino destacando uma afirmação de Anísio Teixeira:

Só conseguiremos transmitir a educação, quando transformarmos as nossas instituições culturais em instituições realmente embebidas no solo brasileiro, na terra brasileira, na forma de pensar brasileira, no modo de pensar brasileiro.
  





[1] http://www.significados.com.br/cultura/

domingo, 2 de novembro de 2014

Autonomia



Segundo o dicionário, autonomia significa capacidade de gerir, independência. No entanto, no que cerne a educação essa autonomia assim defendida por Freire se contrapõem com a vontade tradicional do discente. Destaca-se a importância do professor, que deve provocar o aluno até que o mesmo possa ser autônomo e liberto na maneira de estudar e aprender.

As rodas de conversas agora ganham uma importância única, desenvolver; contrapor; destacar as heterogeneidades que levam a um significado particular-comum. Particular no sentido de próprio, criado pelo aluno; comum no sentido de acordado pelo grupo, dentro da idéia já antes convencionada universalmente. Sendo assim, o assunto deve ser “tratado” realmente pelos alunos e não cuspido pelo professor de forma que o aluno passa a ser apenas um memorizador.

Um separador de águas na autonomia é poder desaprender a não questionar, mas sim, levar nossas indagações ao grupo de maneira que elas venham a ser sanadas.
O desafio maior é recuperar essa disposição ao confronto de ideias no corpo discente, pois os mesmos vêm sendo ensinados a partir do seu lar que certas perguntas não devem ir ao pleito. Quando o filho pergunta: - Pai como é que o bebê sai da barriga? De onde eu vim? As respostas mais ditas são: - Larga de besteira menino, porque veio e acabou. E com o passar do tempo a criança deixa suas indagações de lado, pois já sabe das respostas.


O grande desafio para a autonomia é esse, educar para a autonomia desde o início.    

O que eu vejo?



  Olhares pela janela de casa, do ônibus, do prédio, enfim o que realmente vemos? O documentário Ilha das Flores traz de volta uma discussão de anos, de qual nicho social o ser humano é, ou melhor, onde ele se enquadra? Perguntas e mais perguntas surgem sem uma possível resposta. O homem que possui um “telencefálo altamente desenvolvido e um polegar opositor” (Furtado, 1989) leva a vida de diferentes formas, além de muitos viverem uma vida desumanizada, se é que um ser humano pode viver desumanizadamente.
Perturbo-me a buscar encontrar a linha que separa o homem na condição humana pra o homem na condição animal. E mais, quem são os homens na condição de animais, os que teoricamente vivem uma vida digna ou àqueles que sobrevivem do que os “porcos” deixaram para trás.
Encontrei um texto legal.
 
O que me torna um ser humano?

Lalinha Brito
O que me torna um ser humano?
Vestir roupas que estão na moda?
Dançar músicas com tamanha vulgaridade?
Ser formada em medicina, arquitetura ou em direito?
O que me torna um ser humano perfeito?
Uma simples aula de etiqueta?
Vestir máscara de fulana boazinha?
Ou sair na rua, dizendo que creio em Deus?
O que me torna um ser humano? O que me faz ser eu?
Dizer mentiras, para ser bajulada?
Fingir que amo, para ser amada?
Não ser ninguém, apenas uma máscara!
 

Continuo minha investigação ao mundo olhado pela janela, confronto-me com a ideia de que tudo que vemos está pré-moldado, aprendemos a enxergar assim.
Segue uma poesia que resume o assunto aqui abordado.
 

Olhos Vendados
João Felinto Neto
Meus olhos copiosos de tristeza 
Não vêem o que se passa
aqui; 
enquanto vão chorando na vileza, 
acreditam que um dia irão sorrir.
No viciado tinto da obediência, 
escravizados a aceitarem o 
se perdem numa alheia consciência, 
sem questionar o não e o sim. 
 Na devoção de uma vida em crença, 
 temem na experiência, 
 não distinguir o bom e o ruim.
Quem sabe abrindo eu a minha mente, 
meus olhos
 de repente, 
possam ver?




Olhar quadrado!



Sem dúvida já se sabe da necessidade da leitura para que haja evolução na sociedade não apenas nas áreas das ciências duras, mas também na evolução do homem, na sua maneira de enxergar o mundo.

Sem leitura, sem educação digna e consciente o homem continuará a olhar quadrado, a agir como copiador disparando ignorância. Sem falar no ciclo vicioso que isso causa na sociedade, já que o ignorante impõe a sua maneira de ver tudo quadrado de forma que leva muitos a co-participarem se sua maneira de ser.

 É algo tão osmótico que a incorporação nem é notada; por diversas vezes hoje se culpa o sistema pelo que acontece, mas trazendo a realidade todos são participantes e produtores desse sistema opressor, frio e capitalista ímpar.


A leitura e só a leitura consciente pode fazer o individuo refletir sobre o que ele vê ou pelo que ele não quer vê (que é a sua maioria), além de causar um choque inicial, que pode perdurar-se quando a aprofundamento dentro de certas temáticas. A sociedade em si torna-se cada vez mais fria, insensível; não que os momentos de amor/ paixão foram extintos, mas a vida do dia-a-dia extingue cada vez mais o amor. Minha felicidade é que há alguns poucos que tentam despertar esse olha que traz ao homem sensibilidade...  

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Folhas ao Vento - I


Nome Cientifico - Graptopelatum Paraguayense                                                   
Nomes Comuns - Planta fantasma, planta pérola e rosa de pedra.                                           
Família – Crussalaceae                                                                                      
Origem – América do Sul

A Planta Fantasma é uma planta suculenta herbácea e perene. Possui um caule prostado e as suas folhas podem variar de tom a depender da exposição da planta ao sol.
Além de serem muito sensíveis ao toque, onde durante o manuseio diversas folhas caem, essa suculenta assim como a maioria possui um sistema radicular (que também pode-se entender como um mecanismo de defesa da subsistência da espécie) que é o surgimento de novos indivíduos a partir dessa folhas que caem.
Para que elas permaneçam com a sua tonalidade normal devem ficar expostas ao sol pleno. 

FONTE:http://faroleco.blogspot.com.br/2013/01/planta-fantasma.html

Consciência Política - Algo inusitou minha curiosidade sobre a eleição...



No dia cinco de outubro de dois mil e quatorze milhões de brasileiros saíram às urnas para escolherem entre os candidatos, seus representantes. Desse fato surgem milhares de charges, comentários infringentes tanto de esquerdistas quanto de direitistas e uma série de outras coisas como o lixo chamado “santinho”.
Ser mesário nas eleições é moeda de troca para aqueles que trabalham efetivamente numa empresa, pois todos recebem como gratificação pelos dias trabalhados na eleição folga dupla que a lei determina, ou dinheiro. Convidado para tal função, eu não deveria receber nada mais do que o valor da refeição (R$ 25,00), porém percebi algo que praticamente ninguém percebeu e isso rendeu um valor de grande relevância ao meu dia.
O brilho exacerbado nos olhos de alguns daqueles eleitores trouxera-me emoção nunca antes sentida. Aqueles que perdem a amizade, mas não perdem o debate político podem não compreender. Estive sempre a observar as expressões dos eleitores: uns odiosos pela obrigação de votar, outros apenas cumprindo com o seu direito de escolher democraticamente os governantes. Alguns poucos sorriam.
Sorriam não apenas em conversa às vezes descontraída com os mesários. Aos meus olhos eles sorriam ao se deparar com a urna, eram como crianças numa loja de brinquedos. O brinquedo pode ser caro, importante a ponto de estar no topo da lista dos mais comprados, contudo o poder de escolha está e sempre estará nas mãos da criança.
Nasci na época do que chamamos democracia, experimento esse sentimento. Recentemente um israelense desinformado chamou nosso país de anão democrático, mas a democracia de meu país e a emoção passada por aqueles eleitores deram mais sentido ao meu voto, a minha participação política. Ajudou-me a concretizar uma coisa: podemos ser ainda mancebos na democracia, todavia o poder emana do povo.
Desculpe-me os críticos políticos, mas a consciência política nasce no momento em que o eleitor sai de casa com destino a urna.  




sábado, 4 de outubro de 2014

Águas - Making of do trabalho







* Como prova que a maioria dos Objeto utilizados serão reutilizados, segue a foto prova de que aquilo que faria mais dano ainda ao meu ambiente foi retirado sem maiores danos... E será em breve doado, aguardem!



sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Águas :(

Compartilho uma poema de uma querida professora que tive, ela que sempre esteve na luta pela preservação do meio ambiente.


SÚPLICA DO RIO

Meu Deus!
Humildemente clamo a tua misericórdia!
Vê Senhor, o meu estado.
Sou uma longa serpente agonizante
Afogada no esgoto que o homem produz cada vez mais
Nem sou mais um rio, mas um esgoto a céu aberto.

Porque o homem não sabe lidar com o próprio lixo.

Quando chove
Sou o lixo líquido em movimento apressado
Quando é seca
Sou um amontoado de costelas
envoltas em salmoura podre!

Vigilante, a vegetação seca das margens faz o velório
Segurando inúmeras embalagens de plástico
Tal velas imundas a denunciarem a insensatez humana.

Ingazeiras e cajazeiras de minhas margens
Foram derrubadas e as que ficaram
Assistem resignadas a minha agonia.

Sinto saudades
Das crianças a se banharem felizes
Até ficarem roxas de frio

Da felicidade dos animais e das pessoas
a sorverem minhas águas com prazer.
Das cantigas solenes das lavadeiras;
dos poetas a me saudarem orgulhosos.

Hoje, até eles os poetas me abandonaram...

Eu te pergunto agora, Senhor!
Aonde está
O programa de recuperação
Do rio Cachoeira?
Aonde está
a Agenda 21?

Não conseguem mudar nada!

Eu suplico a esses senhores:
Venham logo! ! !
Estou morrendo. . .

Eu e todos vocês! ! !

Efigênia Oliveira

Águas - Ainda dá tempo de lutar por ele (Rio Cachoeira)

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQlUtJCmWYVs106cwuvP6zWi7_ULTJNSrZOwO2F6YFpx3O7eCHoZk_SNy7L
Pensamos enfim,  produzir algo para representar nossa indignação contra o real abandono do nosso querido rio. A exposição de contatos tão íntimos com o rio trouxe emoção no tange a saudade e revolta, uma única expressão que revela contrastes...

Representamos a morte do rio...



* O leito do rio foi produzido com sacos de lixo que serão após o uso encaminhados a uma instituição beneficente.


Ficou acordado entre os discentes participar de projetos existentes no que tange a preservação do Rio Cachoeira. 


Águas - Um gigante ESQUECIDO!

Rio Cachoeira
Itabuna-BA
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A 2ª atividade do CC FIES propôs aos discentes a oportunidade de destacar a importância das águas dentro de uma sociedade. Quando as apresentações começaram a surpresa veio à tona, o que parecia invisível a massa social se tornou fomento para discussões acerca de preservação, sustentabilidade, etc.. 

Ele ressurgiu! A princípio em momentos de glória... Hoje, infelizmente como um rechaçado que insuportavelmente está sendo aturado .

O que aconteceu com ele foi e é TRISTE...

A dor é incômoda desde experientes cidadãos (aqueles que desfrutaram de sua exuberância) a meninos em formação.
 
Conheça a história através do documentário produzido pelo Projeto Memórias do Rio Cachoeira
 

A Cor da Minha Terra - III

A Vila de Trindade - RJ versus a usurpação Capitalista!







A cor da Terra - II




Levei para representar minha terra, meu sossego, meu recanto; um pouco de terra do meu quintal! Que representa meu lugar de refúgio, de onde ninguém pode me fazer sair...
Segue as fotos do que há sobre a terra.








domingo, 21 de setembro de 2014

A cor da minha terra

Todo o ser humano precisa de forma subjetiva de um lugar pra chamar de seu; algo que lhe transmita base, que fundamente sua vida, que ao olhar para lá consiga aquietar a sua alma.A experiência da "Cor da Terra", a primeira do fórum, possibilitou aos discentes refletir sobre aquilo que era seu, pois o pouco de terra deveria ser retirado de um lugar particularmente importante para cada um. Sendo assim, ficou claro a importância do lar (casa) na vida de cada um e como esse laço afetivo fundamenta a vida, dando sustância, ou melhor ainda "cor". Acredito que todos ficaram sem saber o que era certo, o que se deveria fazer, abordar, expelir daquela amostra de terra. E o mais legal não é origem de cada grão, mas, sim a atribuição da cor - significado - que cada uma carregou em si, tornando o experimento sensacional.Enfim, a viagem começa com o retorno àquilo que às vezes passa desapercebido na correria do dia-a-dia, aquilo que carrega o ser humano na sua jornada.Cada discente, volta... Procura a razão da existência daquela terra, e redescobre não em valor científico, mas emocional, sua  importância de ser, através daquilo que colaborou com o que ele é hoje.O fórum por si só desafoga o homem da insensibilidade ou melhor da imperceptibilidade que o mantém cansado as coisas da alma.Faz-se necessário voltar! A terra que representa essência...Se as atividades emocionais estão assim, imaginem as próximas...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Início!

Começo o diário de bordo com Yoga. Praticá-la meio a uma sociedade insensível é quase irreal, ainda mais quando falamos no retrato do homem na sociedade. A proposta do fórum vai de encontro ao gesso que afoga o ser humano sensível permitindo assim que nele aflore a insensibilidade, inatividade diante de algo tão sereno, tão belo.Alguns estão pensando que isso não tem nada a ver com o homem cru; mas quero esclarece que isso já é parte do resultado obtido no primeiro encontro.Vamos prosseguir guardando tudo no nesse diário de bordo virtual.Até mais...